Não é o primeiro caso, mas gostaríamos muito que fosse o último. Na sexta-feira (4), a servidora Maria Geralda Pereira de Jesus, 66 anos, caiu após o pé da cadeira quebrar. Por sorte, apesar do susto, nada mais grave aconteceu. “Caí de costas, bati direto no chão, mas graças a Deus não me machuquei”, contou a servidora que tem problema no joelho e caminha com dificuldade por conta das sequelas de um acidente de ônibus sofrido em 2015. De acordo com relato de servidores da mesma sala de Geralda, já é o terceiro caso de queda ocasionado por cadeiras que se quebraram no setor. Em toda a CLDF, o caso se soma a dezenas de outros.
O processo licitatório do Edital de Pregão Eletrônico nº 33/2016 foi concluído e encaminhado pela Comissão Permanente de Licitação ao ordenador de despesas, o secretário-geral da CLDF Eduardo Duailibe, no dia 7 de outubro. Foi devolvido à CPL, sem motivação aparente, pelo próprio o secretário-geral no dia 13. Reconduzido à Eduardo Duailibe, o processo foi encaminhado, no dia 31, ao Núcleo de Licitações da Procuradoria Geral para providências decorrentes, onde permanece até hoje.
A expectativa para o fim da novela das cadeiras é grande, pois se tornou problema comum à gabinetes e área administrativa da Casa. No final do mês de setembro, rumores indicavam que a compra das cadeiras seria cancelada por motivos econômicos. A informação veio de matéria veiculada no Portal Metrópoles em que Duailibe, teria afirmado que não seria viável gastar 3 milhões apenas com cadeiras. No entanto o cancelamento não foi confirmado e a licitação prosseguiu.
Conforme esclareceu o Boletim do Sindical nº 24 de 2016, trata-se de uma licitação realizada por meio de pregão eletrônico e total de 3 milhões seria o valor máximo estimado, o que não significa que este seja o valor a ser gasto no contrato. O próprio Edital de Pregão Eletrônico esclarece que os bens serão substituídos de forma gradativa e que a adoção do Sistema de Registro de Preços para a contratação justifica-se pela não vinculação da Câmara Legislativa em adquirir todo o material.
Aguardamos o desenrolar do processo e esperamos que prossiga para as etapas de finalização dos contratos para que, antes que o mais grave aconteça, seja solucionada essa questão que tanto tem afetado os servidores da Casa.