Nos últimos dias o Fascal foi destaque na cobertura jornalística da política local. A tentativa de estender o plano a ex-parlamentares e dependentes causou revolta na população e uma enxurrada de críticas aos idealizadores da proposta. Mas não só os deputados distritais foram prejudicados. A exposição do Fascal pode ter como consequência a destruição do fundo, assim como aconteceu na Câmara dos Deputados por intermédio de Eduardo Cunha. No nosso entendimento, este pode ser considerado o mais violento golpe contra nossa categoria desde a fundação da CLDF.
A diretoria do Sindical tem trabalhado intensamente para impedir o desmonte do Fascal. Entramos com ação na Justiça, no início de maio, contra o reajuste das mensalidades. Tivemos o pedido liminar negado em primeira instância. Recorremos da decisão por meio de agravo de instrumento, novamente a liminar foi negada. No dia 25 de maio ingressamos com um aditamento ao pedido inicial, no primeiro grau de jurisdição, em razão do surgimento de um novo fato, a aprovação do PR nº 40/2020. Agora aguardamos decisão do juízo competente sobre a questão.
Na última semana, procuramos a direção da Casa para conversar sobre o futuro do Fascal. Na terça-feira, dia 26, a diretoria do Sindical esteve reunida com o secretário-geral da CLDF Marlon Cambraia e saiu de lá com o compromisso de que não se falará em privatização até que seja realizado o cálculo atuarial. Na quarta-feira, representantes do sindicato participaram de uma videoconferência com o secretário-executivo da vice-presidência, Haendel Fonseca que demonstrou interesse em resolver a questão. Mas o que o sindicato precisa mesmo e aguarda com urgência é a resposta ao pedido de reunião com o presidente da Casa, Rafael Prudente.
Apesar do reconhecimento do erro e do pedido de desculpas à população, a forma como a Mesa Diretora defendeu da proposta – em especial, a postura do presidente Rafael Prudente durante todo o processo – foi uma prova de absoluta insensibilidade com os servidores. A ideia de segregação do plano, com separação de dois grupos, além de injusta, é tecnicamente tosca já que ganhos de escala são fundamentais para qualquer plano de saúde.
Uma monstruosidade diante de tão grave situação de pandemia em que muitos servidores apresentam agravamento de problemas e comprometimento de sua saúde mental por conta do “isolamento” social. Situação ainda mais grave para os inativos que, em sua maioria, estão no grupo de risco do Covid-19. A preocupação é tamanha que um servidor aposentado chegou a ir até a casa de um diretor do sindicato para cobrar o compromisso no combate a esse ataque sofrido pelos servidores. São pessoas que contribuíram a vida inteira com o Fascal e que agora temem ser prejudicadas no momento em que mais precisam.
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O mais violento ataque aos servidores na história da CLDF. VAI TER LUTA!
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