Metrópoles – O deputado distrital Robério Negreiros (PSD) mandou a Polícia Legislativa apreender, nesta terça-feira (18/9), o computador do vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Câmara Legislativa e do Tribunal de Contas do DF (Sindical), Átila Vinícius de Carvalho. O gabinete do sindicalista funciona na sede da Casa e estava lacrado desde domingo (16), também por ordem do parlamentar pessedista. Foi reaberto após a retirada do equipamento eletrônico.
A determinação do deputado ocorreu após a entidade sindical publicar, no fim de semana, um vídeo acusando Robério e a candidata ao Governo do Distrito Federal (GDF) Eliana Pedrosa (Pros) de serem contra o concurso da Câmara Legislativa (CLDF) – realizado no domingo (16) –, pois têm contratos de empresas terceirizadas ligadas às suas famílias.
Robério rebateu as acusações, negou ser contra a nomeação de servidores de carreira e disse ser vítima de ataques eleitorais. “Eu deixei minha campanha no fim de semana para me defender como cidadão. A Polícia Legislativa lacrou a sala e nós fizemos denúncias contra o presidente e o vice [do Sindical] no Tribunal Regional Eleitoral [TRE-DF], porque essa é uma clara intenção de me atacar politicamente”, afirma o parlamentar.
De acordo com a denúncia do deputado, a apreensão do computador foi fundamental, pois seria no equipamento que materiais como o vídeo polêmico e panfletos estariam sendo produzidos pelo sindicalista.
Áudio
O material foi apresentado pelo deputado Robério Negreiros durante a sessão desta terça (18). O discurso do parlamentar causou a fúria dos servidores que se posicionavam na galeria da CLDF, principalmente no momento quando ele publicou um áudio supostamente de Átila, no qual o sindicalista diz “apenas aguardar ordens para distribuir o material contra o distrital”.
Segundo o presidente do Sindical, Jeizon Allen Silverio Lopes, o deputado está em “clara campanha de perseguição contra os servidores da Casa” e tem interesse pessoal nas terceirizações dos cargos. Ele ainda acusa o distrital de manter infiltrados dentro da entidade para receber informações privilegiadas.